Nascida em Amarante, a alumna da EEG formou-se em Relações Internacionais, curso que conciliou com a vida de atleta federada de voleibol. Hoje é manager na Microsoft, em Lisboa.
 
Recorda-se do primeiro dia na UMinho?
Lembro-me vivamente desse primeiro dia… fui incumbida por um “doutor” de procurar o laboratório de realidade virtual da Universidade do Minho. Não foi fácil [risos]!

O que a levou a escolher a licenciatura de Relações Internacionais, na Escola de Economia e Gestão (EEG)?
Foi a minha primeira opção em virtude da solidez da formação multidisciplinar oferecida, do prestígio e empregabilidade do curso, da credibilidade dos docentes e de uma cultura académica orientada para proporcionar uma experiência social e cultural muito rica.
 
Foi na UMinho que começou a fazer desporto?
Já praticava voleibol federado na Associação Desportiva de Amarante antes de ser aluna da UMinho. A vivência de um desporto coletivo foi importante para a minha formação pessoal e profissional, pois aprendi a “jogar em equipa” e criei hábitos de prática desportiva regular, essenciais ao meu bem-estar diário.
 
De que momentos tem mais saudades?
Do arraial no Santoinho, em Viana do Castelo, que encerrava o programa de festas do Enterro da Gata, do festival de tunas Celta, organizado pela Azeituna, das serenatas à minha janela e do arroz de sarrabulho... um prato bem típico do Minho [risos].


Em 2004, com apenas 28 anos, foi convidada para assessorar o secretário de Estado da Juventude e do Desporto em dois governos consecutivos. Cresceu muito com essa experiência?
Cresci imenso com a oportunidade de apoiar a definição de políticas públicas neste âmbito, tendo participado na criação da agência europeia para a implementação em Portugal do Programa Juventude em Ação, na definição da Comissão Interministerial de Juventude, na elaboração do Plano Nacional para a Juventude, bem como na internacionalização de boas práticas na área do desporto.
 
Chegou também a ser managing director do programa Harvard Medical School Portugal (2009) e business development manager do British Medical Journal (2012), uma das mais conceituadas publicações sobre medicina no mundo. As oportunidades surgiram naturalmente?
Tive conhecimento do cargo de managing director através de um anúncio publicado num jornal nacional. Fui selecionada entre 500 candidatos num processo em que participaram representantes da Harvard Medical School e de várias instituições públicas e privadas em Portugal. A oportunidade no British Medical Journal (BMJ) surgiu três anos depois por referenciação de um colaborador italiano responsável pelos mercados do Sul da Europa. Ainda há muito por fazer na área da saúde. É um setor para o qual gosto muito de trabalhar e onde quero continuar a crescer.
 
Está desde junho na Microsoft, em Lisboa. Que funções desempenha?
Sou responsável pelo sucesso da adoção de ferramentas de colaboração e produtividade no setor público, onde está integrado o Serviço Nacional de Saúde. 
 
O “ADN UMinho” moldou a sua forma de estar e a destacar-se no mercado de trabalho?
A UMinho deu-me excelentes ferramentas para colaborar no mercado português e internacional.
 
Já fez várias formações desde que saiu da UMinho há 20 anos. Em Portugal frequentou a Universidade Católica de Lisboa e o Instituto Superior Técnico. No estrangeiro realizou cursos na Universidade Católica da Lovaina (Bélgica), na Universidade de Pequim (China) e nas escolas médicas de Stanford e Harvard (ambas nos EUA). A sua vida tem sido de formação contínua...
Este contexto de crescente digitalização dá espaço a novas necessidades de competitividade e produtividade. Por isso, é fundamental a capacidade de aprendizagem e a aquisição de novas competências para dar resposta a estes desafios.
 
Que projetos quer destacar para 2020?
O nascimento do meu terceiro filho ou filha [sorriso].
 
O que gosta de fazer nos tempos livres?
Estar com a minha família, praticar atividade física e viajar.
 
Os gostos de Rita Lírio
 
Um livro. “O Padrinho” (1969), do escritor norte-americano Mário Puzo.
Um filme. “Cinema Paraíso” (1988), do realizador italiano Giuseppe Tornatore.
Uma música. “Cinema Paraíso”, do maestro Ennio Morricone.
Um clube. Futebol Clube do Porto.
Um desporto. Voleibol.
Uma viagem. Japão.
Um passatempo. Viajar.
Um vício. Viajar (novamente!).
Um prato. Arroz de cabidela.
Uma personalidade. Aristides de Sousa Mendes.
Um momento. Nascimento das minhas filhas.
Uma frase. “Falo a todos da mesma forma, seja o homem do lixo ou o presidente da Universidade”, de Albert Einstein.
UMinho. Sempre!