Licenciou-se em Relações Internacionais na Universidade do Minho em 2000, ano em que recebeu um prémio de mérito académico, por ser um dos seus mais bem-sucedidos estudantes. Durante o curso participou num programa de intercâmbio com a University of Central Arkansas. Após isso, especializou-se ainda em instituições como o Insead ou John F. Kennedy School of Government - Harvard University. Depois de ter feito consultoria na Accenture e de ter sido vice-presidente do Instituto Português da Juventude, em 2006 a Microsoft apostou na sua profunda experiência em estratégia, mercado e liderança.

Hoje, nesta multinacional, é o diretor sénior de uma unidade especializada para a Europa Ocidental – que cobre 14 países –, tendo a seu cargo várias centenas de profissionais que apoiam os clientes na sua transformação digital. Aos 37 anos destaca-se com um histórico evidenciado na condução de grandes projetos afirmando as suas capacidades na condução de equipas e grandes negócios empresariais. Tido como um apaixonado pelo trabalho, é visto como alguém muito focado no rigor e orientado para os resultados. Fomos conhecê-lo um pouco melhor, convocando memórias da sua academia de formação.

Ainda se lembra do primeiro dia em que chegou à UMinho?
Os primeiros dias são sempre marcantes. Foi o início de uma nova etapa. Numa cidade que pouco conhecia e que tão bem me acolheu. Natural de Abrantes, não tinha ligações ao Minho e, por isso, foi uma descoberta ainda maior. Permitiu-me ganhar mais autonomia e, a partir daí, não mais voltei a viver em casa do meus pais. Foi a marca da verdadeira entrada na idade adulta.
 
Qual foi o sentimento mais presente nos primeiros dias de aulas? 
De responsabilidade. De... "Será que vou ser capaz?". Mas também uma vontade enorme em tentar descobrir tudo. A cidade, o campus ou as novas amizades.
 
Como classificaria a sua integração no meio académico? 
Acho que acabou por correr sem sobressaltos, tendo a praxe contribuído para uma integração rápida.
 
Entre o "discreto" e o "academicamente ativo", como se posicionou enquanto aluno?
Andei sempre pela parte mais discreta…
 
O que lhe deixa mais saudades da vida académica?
Sem dúvida que o os amigos!
 
O curso foi o que esperava? Que portas lhe abriu?
Foi bastante diferente do que a expetativa inicial. Mais teórico e menos prático.  Sempre o vi como uma ferramenta. Num mercado cada vez mais competitivo, a formação de base é menos diferenciadora. A maior porta que me abriu foi sem dúvida a experiencia internacional, através um exchange program com uma universidade americana.

MX3.jpg Qual foi o primeiro grande passo, logo que terminou o curso?
Comecei a trabalhar ainda no último ano da licenciatura, mas a minha entrada na Accenture permitiu-me aprender e solidificar o conhecimento. Deu-me método. O primeiro emprego acaba sempre por marcar as nossas carreiras profissionais.
 
Qual o grande projeto que gostaria de implementar num futuro mais ou menos próximo? 
Tenho tido o privilégio de estar ligado a grandes projetos de tecnologia em diversas partes da Europa. Espero um dia poder voltar à causa pública e contribuir para o crescimento do nosso país.  
 
E na azáfama dos dias é sempre possível voltar a estudar…
Voltei a uma universidade há dois anos. Foi fantástica a experiência. Sem dúvida que tentarei fazer o mesmo daqui a uns cinco anos.
 
Que representa hoje para si a UMinho, enquanto seu alumnus?
Infelizmente, tenho estado distante. Não temos ainda a tradição americana de associações de alumni fortes.
 
Que imagem tem hoje desta universidade?
Inovação e excelência no ensino. Todos os profissionais com que me tenho cruzado no mundo das TI que tenham tido formação na nossa casa têm essa marca, por exemplo.


Fonte: Nós​ - Jornal Online da UMinho