Carina Cunha, investigadora do ICVS - Instituto de Investigação em​ Ciências da Vida e Saúde da Escola de Medicina da Universidade do Minho, é distinguida esta segunda-feira, dia 14 de novembro, com o prémio Maria de Sousa. O projeto galardoado, com um valor monetário de 30 mil euros, pretende identificar um perfil para o grupo de neurónios que são ativados quando somos expostos a recompensas ou perigos.

O trabalho que tem vindo a ser desenvolvido passa por tentar perceber como é que o cérebro capta a informação do meio ambiente onde se insere, seja ele natural ou não, e transformar esta informação em comportamentos que temos de executar, com o objetivo de atingir um resultado positivo ou, por outro lado, evitar situações que possam ser negativas.

Este prémio foi criado pela Ordem dos Médicos e a Fundação Bial, há dois anos, em homenagem à imunologista Maria de Sousa, que morreu de covid-19 a 14 de Abril de 2020. Esta distinção destina-se a jovens investigadores até 35 anos com projectos em ciências da saúde.

“Este prémio tem três pontos muito positivos. Em primeiro lugar o apoio financeiro que vai proporcionar a continuidade do desenvolvimento do meu projeto. Em segundo lugar o facto de que no contexto deste prémio está previsto um estágio numa insituição, fora do país, de alto renome durante quatro meses, que me permitirá continuar a desenvolver as minhas capacidades, aprender e, para além disso, contribuirá diretamente para a execução do projeto em si. Por fim, a notoriedade evidente deste prémio que na nossa área é bastante relevante a nível curricular, uma valorização tanto pessoal como do trabalho desenvolvido”, destaca a investigadora.

O estágio será realizado no Zuckerman Institute da Universidade de Columbia, Nova Iorque, com a intenção de “melhorar e adquirir” conhecimentos mais aprofundados na Analise Computacional de Dados de Imagem de Cálcio, sendo esta uma área técnica importante que ajudará na caracterização funcional da atividade neuronal.

Sobre a Carina Cunha

Desde 2010 que integra o ICVS, entrando, à época, como estudante de Mestrado, depois de se ter licenciado em Biologia Aplicada, também pela Universidade do Minho. A investigadora concluiu ainda pós-doutoramento em 2019, tendo, nesse mesmo ano, garantido uma Bolsa Fullbright para realizar novo pós-doutoramento no Zuckerman Institute, na Universidade de Columbia (Estados Unidos da América).