Seguiu as pisadas do avô e do pai: engenheiro civil, professor universitário (na Universidade do Minho), empresário. Licenciou-se, tornou-se mestre, fez o doutoramento, andou em Erasmus por Barcelona. Aos 39 anos, é diretor nacional da ANJE - Associação Nacional de Jovens Empresários do Norte - e vice-presidente da Yes for Europe - Confederação Europeia de Jovens Empreendedores -, que escuta o que a nova geração quer, promove contactos e aposta em projetos que facilitem a iniciativa empresarial. A sede é em Bruxelas. É uma voz dos jovens empreendedores.

Ser empreendedor não é para todos, há características vincadas. "Não ter medo de arriscar, conhecimento, saber comunicar com as equipas e para o exterior. Nem todos têm perfil de empreendedor, nem todos têm perfil de funcionário. No equilíbrio é que está o ganho", vinca. Defende fontes de financiamento para os jovens e regras claras a nível europeu. E anda atento a essas questões. "A ligação aos jovens é fulcral e eles precisam de uma voz forte." 

Na ANJE, a que chama "a casa dos empreendedores jovens", tem as "vitaminas" de que precisa. "Mundo, vivências, projetos, desafios." Ideias que germinam em incubadoras, pensamentos fora da caixa, o Portugal Fashion, muitas atividades. "O que falta é trabalhar mais em rede e a ANJE pode ser um hub e um polo aglutinador de várias entidades", comenta. 

As pontes são uma paixão e um desafio. "O tema das pontes sempre me apaixonou por ser um objeto que une dois pontos. Une a história das pessoas e das cidades." Desenhou pontes ferroviárias e rodoviárias dentro e fora do país e foi nomeado líder de um projeto internacional que junta 55 países, 37 dos quais europeus, na área da gestão de infraestruturas, pontes incluídas. "Queremos melhorar a forma como avaliamos o estado das pontes e damos segurança às pessoas." 

Olhando ao redor, falta uma maior aproximação ao mundo empresarial às escolas, às universidades. "É isso que nos permite estar na crista da onda e sermos concorrentes como que se passa no Mundo. Mas há um problema de raiz. "O sistema de ensino tem falhado por não estimular o pensamento crítico", repara.

Adora viajar e é apaixonado por fotografia de natureza e por animais (ainda pensou seguir o curso de Medicina Veterinária depois do liceu). "Sou uma pessoa do Mundo. Gosto de arriscar, gosto de desafios e de saber como as coisas funcionam desde o nascimento ao amadurecimento."

Notícia: Notícias Magazine
Foto: Rui Oliveira/Global Imagens