A Coverflex fechou uma ronda de investimento Série A no valor de 15 milhões de euros. Com este montante, a startup portuguesa, que se descreve como uma “solução de compensação flexível que permite às empresas reduzir custos e maximizar os ganhos potenciais”, quer lançar a sua plataforma em Itália e aumentar a equipa.
 
A ronda de financiamento, anunciada esta quarta-feira em comunicado, foi liderada pela SCOR Ventures e contou ainda com a participação dos investidores Breega (que liderou a ronda pre-seed da empresa), MS&AD, Armilar, Stableton, BiG Start Ventures e Shilling, bem como de business angels como, por exemplo, Job van der Voort e Humberto Ayres Pereira (CEO da Remote e CEO da Rows, respetivamente, ambas clientes da Coverflex) ou Nuno Sebastião (CEO da Feedzai).

Neste momento, a startup portuguesa conta com “perto de 100 funcionários espalhados pela Europa e América Latina”. Esse número vai aumentar para mais de 150 até ao final do ano, “principalmente nas equipas de produto, vendas e engenharia”. No comunicado, a empresa destaca também que o investimento vai “consolidar a posição da Coverflex de líder nacional na gestão de benefícios flexíveis para colaboradores”.
 
“No atual ambiente macro, esta Série A valida a nossa visão ambiciosa, o fit com o mercado nacional e uma oportunidade de mercado na Europa”, afirma Miguel Santo Amaro, CEO da Coverflex, que acrescenta que a ronda confirma o foco que a empresa tem em “adaptar os processos de recursos humanos à atual procura de uma experiência de compensação mais personalizada”.
 
A plataforma da startup portuguesa permite às empresas “conceber, consolidar e personalizar a sua oferta de compensação, juntando seguro de saúde, subsídio de alimentação, benefícios sociais e descontos na mesma solução”. Neste momento, a Coverflix pretende “revolucionar o mercado de vales de refeição (‘buoni pasto‘) e benefícios (‘welfare‘) em Itália, com o lançamento de uma plataforma com taxas comerciais baixas e sustentáveis para bares, supermercados e restaurantes”.
 
Desde que foi lançada, em 2021, “a solução Coverflex foi implementada em mais de 3.600 empresas” e conta com 70 mil utilizadores ativos que a utilizam mais de oito vezes, em média, por mês. A startup portuguesa refere, no comunicado, que “já processou mais de 80 milhões de euros para as carteiras dos colaboradores dos seus clientes”.
 
A sua dedicação a encontrar uma solução para os desafios únicos de clientes como Santander, Natixis, OysterHR, Bolt, Emma, Revolut e Smartex levou a um crescimento de mais 400% de um ano para o outro [de 2021 para 2022]”, lê-se na nota da tecnológica.
 
Miguel Santo Amaro, Rui Carvalho, Tiago Fernandes, Luís Rocha e Nuno Pinto [alumnus de Gestão da UMinho], fundadores da Coverflex, venceram, em setembro do ano passado, a quarta edição do prémio João Vasconcelos e foram eleitos “empreendedores do ano”.

Notícia: Observador