Artigo de opinião do optometrista Tiago Ribeiro publicado no Correio do Minho
Portugal tem aproximadamente 11 milhões de habitantes e, no ano transato, em 2017, ficaram por realizar 235 mil consultas, desde uma simples consulta para atualizar a graduação até a uma catarata ou patologia mais grave. Diria que são números alarmantes, preocupantes e inadmissíveis.
Todos nós temos o direito de ter acesso à saúde, particularizando a visão, por isso eu referi as três áreas que podem ajudar a população e reduzir estes números anteriormente apresentados.
Na minha modesta opinião são três áreas da saúde que se complementam, ou dizendo de uma forma mais real, dever-se-iam complementar, unir-se em prol de um interesse maior, servir a população e desvincular-se de alguns estigmas ou “competições” que ao longo dos anos caminham paralelamente no sentido oposto à união.
Acredito e trabalho de forma a servir da melhor maneira a pessoa que procura os meus serviços. Sou licenciado em Optometria e Ciências da Visão e tenho a pós Graduação em Optometria Avançada pela Universidade do Minho e quando me deparo com problemas que fogem do meu âmbito encaminho para quem de direito. Acredito genuinamente que é a melhor maneira de ajudar as pessoas.
Os ortopticos são cada vez mais e especializados em identificar, quantificar e qualificar as anomalias da visão e os distúrbios da motilidade ocular. Define e aplica, com base no diagnóstico, programas terapêuticos com vista à reeducação e reabilitação motora e funcional da visão binocular. Se me deparar com algum problema do foro patológico reencaminho para o médico de família ou directamente para oftalmologia em casos mais graves e noutros casos de algum distúrbio na visão binocular que fuja da minha competência reencaminharei para a Ortoptica.
Permitam-me dizer que a criação desta teia , união entre estes profissionais de saúde, Optometrista, Ortóptico, Médico de família e Oftalmologista, é vital, fulcral e insubstituível para um melhor acompanhamento e resposta às necessidades da nossa sociedade e população.
Mas não será apenas entre nós, profissionais de saúde, mas entre as respectivas associações e a Sociedade Portuguesa de Oftalmologia. Temos de avançar, evoluir nesse sentido de modo a todos beneficiarmos com tal unidade e visar um interesse muito maior, a nossa população.
Fica o meu apelo e a minha visão de como podemos fazer a nossa parte de maneira a fazer algo Maior. Acredito e sigo a frase de que, se queremos ir rápido iremos sozinhos, mas para ir mais longe vamos em equipa.