​(​Notícia de setembro de 2015)

Rui Costa Reis nasceu em Angola, na província de Kwanza-Sul. Aos 18 anos, viajou até Portugal e foi em Braga que se formou em Gestão, na Universidade do Minho. Já diplomado, regressou a Luanda e ali criou a Kianda, uma marca de farinhas com a qual ganhou o primeiro milhão de euros antes dos 30 anos. Uma fortuna que começou a fermentar com o negócio das farinhas e que lhe vale o título de ‘rei' desse sector. Quando, em 1993, faltava pão em Angola, por escassez de farinha, o ex-aluno pegou na Moagem do Kikolo​, maior moagem do país paralisada desde a independência, e colocou-a em funcionamento. Como todos os angolanos, também sentiu a extrema dificuldade em comprar pão e foi isso que o levou a procurar os motivos da carência e a tentar superá-la. ​

Com grande sucesso nos anos 90, Rui Costa Reis prosseguiu a expansão dos negócios para novos sectores. A sua empresa, a Intercomercial, cedo se tornou líder de mercado também com marcas de cereais e alimentação para bebés. Foi criada quando Rui Costa Reis regressou de Braga, após cinco anos na Universidade do Minho, entre 1986 e 1991. Um ano depois, em 1992, chegou a vice-presidente da Associação Industrial de Angola (AIA) e foi o mais jovem participante convidado no World Economic Forum que se realizou na Namíbia em 1998 - tinha 25 anos. 

Nas lides associativas, o empresário foi ainda dirigente fundador da Associação Angola-China e membro fundador da Fundação Eduardo dos Santos, a qual actua como parceira do governo angolano nas várias vertentes do desenvolvimento. 

Dotado de faro para o negócio e com muita liquidez, no tempo de jovem empreendedor expandiu os negócios para outros domínios, como imobiliário ou indústrias portuárias. A Intercomercial Transportes e Serviços, criada há 15 anos, é hoje a maior empresa de logística em Angola: tem 250 camiões, mais de uma dezena de equipamentos de elevação de contentores e três parques de logística (Luanda, Benguela e Namibe) que totalizam 400 mil metros quadrados de área.  No sector imobiliário, ao longo de 16 anos, centenas de imóveis já foram construídos, vendidos e entregues pelo grupo.

Chegado a Hollywood, sob a influência dos filhos mais velhos, o empresário entrou em passo acelerado na indústria cinematográfica através do financiamento no mercado dos filmes directos para DVD da Sony. Do contacto e amizade com altos executivos da Sony Pictures ao início de produções em conjunto foi um passo rápido. Foram realizados dez filmes em co-produção com nomes como Samuel Jackson, Nina Dobrev, Kellan Lutz, Cuba Gooding Jr (Vencedor de um Óscar), Cole Houser, Paul Dano (nomeado para Óscar), Riley Keough (neta de Elvis Presley), Juno Temple, Kylie Minogue, entre outros. O resultado foram filmes como ‘Swat', ‘Hostel', ‘Arena' ou ‘Hit List'. 

Vive atualmente entre Luanda e Los Angeles onde, após dois anos e dez filmes com a Sony criou a produtora de cinema RCR Media Group que já realizou 8 filmes​. O mais bem sucedido foi ‘Phantom - O Submarino Fantasma', com Ed Harris, David Duchovny, William Fichtner e Pedro Hossi, distribuído em todo o mundo e em 10º lugar no ‘ranking' de bilheteira.  Pilar fundamental da equipa RCR é o filho mais velho do empresário luso-angolano, Ricardo Costa Reis, que aos 25 anos já é um dos mais jovens produtores de Hollywood, além de seu braço-direito. 

Tendo começado a interessar-se desde cedo pelo mundo da arte, o luso-angolano patrocina também a Trienal de Luanda, é um dos mais importantes coleccionadores de arte angolana actual e empresta regularmente obras para exposições de grandes museus internacionais. Já houve exemplos expostos na Bienal de Veneza, na ARCO, em Madrid e no MoMA, em Nova Iorque. 

Além do patrocínio prestado à Trienal de Luanda, a ligação do alumnus à cultura faz-se através da TACCA (Territórios de Arte e Cultura Contemporânea Africana), criada em 2002 para promover exposições culturais e presidida pelo seu amigo de longa data, Fernando Alvim - artista plástico, curador e consultor de Arte Contemporânea. E também através da RCR Cultural Foundation, que criou em 2011, para promover a arte africana nos EUA.