O investigador que aplica a Inteligência Artificial para resolver problemas na medicina foi escolhido, por unanimidade, como Personalidade do Ano pelo júri dos prémios "Os Melhores & As Maiores do Portugal Tecnológico".
 
Os Prémios "Os Melhores & As Maiores do Portugal Tecnológico" atribuídos pela Exame Informática, com apoio da VISÃO, distinguem as personalidades, inovações, marcas e organizações que mais se distinguiram em Portugal na área da tecnologia.

Na 16º edição dos prémios, o júri, presidido pelo Professor Arlindo Oliveira, decidiu por unanimidade atribuir a distinção Personalidade do Ano a Jorge Cardoso.

Declaração do júri

A medicina é uma das áreas onde a aplicação de técnicas de Inteligência Artificial tem tido resultados mais evidentes. Por exemplo, os algoritmos podem ser uma ferramenta excecional para ajudar médicos a identificarem e diagnosticarem doenças antecipadamente.

Neste aspeto, uma base de dados de cem mil cérebros representa um salto de gigante na compreensão de problemas como demência, envelhecimento e doenças neurológicas. Este repositório de imagens tridimensionais, muito realistas, da mais complexa das unidades biológicas, é uma das mais recentes oferendas à Medicina feitas pelo distinguindo com o Prémio Personalidade do Ano.

Engenheiro biomédico, formado na Universidade do Minho, investigador no King’s College de Londres e CTO do London AI Centre, o cientista português construiu a biblioteca de cérebros sintéticos usando a rede de IA aplicada à Medicina que ajudou a fundar, a MONAI.

No hospital de King's College, de onde foram extraídos os dados para a construção da base de dados, a ferramenta já está a ser posta em prática na classificação e definição do tratamento de pacientes que chegam à unidade de saúde com um AVC. Mas este é apenas o início. A Medicina será certamente uma das áreas que mais poderá beneficiar desta transformação em curso. Outro exemplo disso é a identificação precoce e rigorosa de retinopatia diabética, através de um algoritmo de reconhecimento de imagem que também teve a mão, e o cérebro, do cientista português. 

Além do seu trabalho como investigador, sempre que pode, o cientista participa em ações de comunicação para o grande público, tentando explicar esta coisa do algoritmo.
Razões de sobra para o júri ter decidido, por unanimidade, atribuir o prémio Personalidade do Ano a Jorge Cardoso.

Notícia: Revista Visão