Francisco Pinho criou um dispositivo portátil em forma de chapéu que permite a monitorização de pacientes com epilepsia. O dispositivo foi desenvolvido no âmbito do doutoramento em Engenharia Biomédica, que concluiu em julho, na Universidade do Minho. 

A investigação, desenvolvida no seio de um grupo de trabalho, demorou cerca de nove anos e chegou agora à fase final. Resultado: um chapéu que é mais do que um acessório e controla doentes com epilepsia. Poderá começar a ser comercializado em 2020. 

"Não há ainda condições para a monitorização desses doentes em ambulatório, por isso, é uma necessidade", diz Francisco, que é licenciado em Fisioterapia, Engenharia Eletrónica e Informática e agora doutorado em Engenharia Biomédica. Dá aulas no Instituto Politécnico do Cávado e do Ave, na CESPU e na Escola Superior de Saúde da Universidade de Aveiro. 

Francisco Pinho começou o projeto a partir da necessidade de monitorização da doença cerebral e desenvolveu o protótipo, constituído por uma touca com 32 elétrodos que não precisam de gele se ajustam à cabeça do paciente. "Permite uma monitorização em ambulatório e tempo real", explica. 

O docente explica que o sistema foi desenvolvido sob formato de um chapéu para que o dispositivo tenha um "aspeto mais estético". Para isso, contou com a parceria da TMG. 

"Muitas pessoas não querem fazer estes testes devido à falta de estética dos aparelhos", justificou. O investigador vai agora avançar com testes, que deverão prolongar-se pelo menos um ano, e decidir a melhor forma de comercialização do dispositivo.

Notícia: Jornal de Notícias​