​Nasceu em Felgueiras, mas sempre viveu em Guimarães. "Sou vimaranense", não hesita em dizer. Advogado de profissão, uma escolha da qual se orgulha, Vasco André Rodrigues ainda dedica algum tempo à sua página "Economia do Golo", onde junta dois vícios que lhe correm nas veias: o futebol e a escrita. 
Recorda os tempos de infância passados na cidade-berço. Quando cá chegou, foi para a Escola D. Afonso Henriques, e no secundário seguiu para a Francisco de Holanda. A decisão de seguir Direito como profissão surgiu nos tempos de escola, uma escolha da qual não se arrepende, embora na altura estivesse dividido entre duas áreas. "Houve sempre duas hipóteses: ou a advocacia ou o jornalismo. Eu gosto de escrever e houve sempre essa hipótese. 

Mas chegou a um momento em que tive que escolher, e a escolha acabou por recair na advocacia", começou por contar. "Não estou arrependido pelo caminho que escolhi, mas continuo com um grande gosto pela escrita e pela leitura", explicou o vimaranense. 

"É um caminho que não é torto, mas que nos obriga a várias curvas" 

Sobre a sua profissão, admite que o percurso tem os seus altos e baixos. "É um caminho que não é torto, mas que nos obriga a várias curvas. É um caminho, uma profissão que nos obriga a estudar muito, que nos obriga a manter constantemente atualizados, que nos mantem sempre atentos ao que se vai decidindo em matéria de tribunais superiores, e tentar ao mesmo tempo que isso não seja o motivo, ou seja, cada pessoa que entra no escritório quer uma pessoa em que possa confiar, desabafar. Porque agora somos advogados, psicólogos, padres. Somos tudo", referiu o advogado. Contudo, para Vasco essa é uma parte "reconfortante". "Se fosse só um atendimento a um serviço não teria tanto prazer, não haveria humanidade e isso tem que existir", apontou. 

Vasco André Rodrigues fez os seus estudos académicos na Universidade do Minho e tirou o mestrado em Direitos de Contrato de Empresa. A sua tese abordou a temática da parte económica e financeira dos clubes de futebol, o ponto de partida para um projeto que atingiu o sucesso em poucos anos. 

"Consigo criar textos engraçados, as pessoas gostam e tento passar algo de interessante a quem lê" 

Criada em dezembro de 2016, a página do Facebook "Economia do Golo" já reuniu uma família com mais de dez mil seguidores. 
Ao juntar o gosto pelo futebol e a dar uso à sua tese intitulada "O Fenómeno Empresarial no Desporto", Vasco André Rodrigues conseguiu criar uma página de sucesso, à qual dedica tempo diariamente. "Leio muitos jornais, tanto da imprensa portuguesa e internacional. E do que vou lendo, consigo criar textos engraçados, as pessoas gostam e tento passar algo de interessante a quem lê", esclareceu. Vasco André Rodrigues, para além de vimaranense, é vitoriano. 

"A página cresceu mais que eu" 

Em relação ao rápido crescimento deste seu projeto, o advogado vimaranense admite que estes dois anos passaram à velocidade da luz, e que não esperava todo este sucesso. "A página cresceu mais que eu. Quando comecei, nunca pensei em chegar a este ponto. Aliás, criei a página no Facebook para ver até onde poderia chegar", referiu. 
Sobre o futuro, o autor da "Economia do Golo", apesar de reconhecer que o futuro é incerto, não vê como uma opção parar de escrever. "Vejo-me a seguir o meu caminho, no meu escritório, vejo-me a apoiar o Vitória, vejo-me a escrever. Vejo-me a fazer o que sempre gostei de fazer", concluiu Vasco André Rodrigues. 


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