​Estuda a língua e a cultura chinesas desde 2013 e atualmente, frequenta o mestrado em Estudos Interculturais Português/Chinês da Universidade do Minho. Esta foi a primeira vez que Sofia Beatriz Silva participou no Concurso de Canções Chinesas Interpretadas por Não-Nativos. Queria "ter uma experiência nova", e veio "encorajada pela professora". Correu bem. Neste domingo, viu-se vencedora da terceira edição do concurso, no Centro Científico e Cultural de Macau, em Lisboa, com a canção Ameixoeira.​

Wang Suoying, professora e responsável pela organização do concurso, afirmava ao DN ao final do dia que o concurso "correu muito bem", e que havia mais de cem pessoas na plateia.​

"Todos os anos, quando encerrávamos o ano letivo, fazíamos uma festa, e cantava-se sempre. Essa tradição começou em 1992. Antigamente era na Delegação Económica e Comercial de Macau, depois passámos para aqui", recorda a professora. Foi então que, há três anos, apareceu o concurso, que se abriu a alunos de fora. Vêm de Lisboa, Aveiro, Barcelos, ou Gouveia. Entre os critérios de avaliação estavam a pronúncia, a musicalidade e a interpretação dos 48 participantes desta edição, que atuaram a solo, em duetos e em grupos de 3 a 5 pessoas.​

Durante a deliberação do júri, todo ele chinês, o coro Molihua atuou. Lá estava Carlos Silva, engenheiro de formação e maestro, a conduzir aquele grupo que inicialmente era composto por portugueses que se juntavam para interpretar o cancioneiro chinês, e que depois se abriu também a chineses. Carlos e a mulher, Isabel, ficaram em terceiro lugar com o dueto Passeio de Despedidas. Há dez anos o casal iniciou-se na língua chinesa depois de a sua filha começar a ter aulas de chinês. 

Também em terceiro lugar ficaram Beatriz Bastos e Paula Santos, com A lua representa o meu coração, e Tânia Lopes com Depois da chuva.

O segundo lugar foi de Tânia Santos, doutoranda do ISCTE que estuda a presença chinesa em Portugal na área da Psicologia, com Canção amorosa de Kangding, e do dueto Pedro Mouta Ferreira e Bruno Judas, trabalhadores da Fidelidade, que, recorde-se tem a chinesa Fosun International como acionista maioritária, e que oferece aos seus trabalhadores aulas de chinês, contara ao DN Bruno na véspera do concurso. Os dois interpretaram Maçã Pequena, o equivalente chinês ao Gangnam Style coreano na China, pelo sucesso que tem, explicou Bruno.​

Notícia: DN