José Costa, 26 anos de idade, licenciado em Estudos Portugueses e Lusófonos na Universidade do Minho e com Mestrado em Ensino do Português e Línguas Clássicas na Faculdade de Letras da Universidade do Porto.
Atualmente, trabalha num centro de estudo, tendo como segunda ocupação um estúdio de música independente, onde trabalha como produtor/engenheiro de som.
Reside em Macieira da Lixa, onde vive desde criança. Viveu em Braga apenas durante o período universitário. Tem uma paixão pela música, à qual dedica todo o seu tempo e energia com o objetivo de tornar o seu estúdio numa casa para os músicos locais e independentes que desejem materializar o seu trabalho artístico.
Como foi a tua primeira experiência profissional?
Foi bastante interessante. O meu primeiro trabalho foi como professor de Português Língua Estrangeira na Casa da Juventude de Amarante. Os meus alunos eram voluntários do programa da Casa da Juventude e vinham de toda Europa. Foi muito enriquecedor entrar em contacto com toda aquela diversidade cultural.
Se pudesses voltar atrás, escolherias a mesma profissão?
Sim, sem dúvida. Educação é a base de qualquer sociedade, e a ignorância é algo muito perigoso numa sociedade democrática. Para além de adorar trabalhar com crianças, que é com quem trabalho neste momento no centro de estudo, vejo também como é importante dar-lhes as ferramentas necessárias para poderem desenvolver o seu espírito crítico e compreenderem o que as rodeia, para que no futuro sejam capazes de tomar decisões e fazer escolhas baseadas no conhecimento e no bom senso.
Quais são as três palavras que melhor descrevem a tua vida? Perseverança, dedicação e teimosia.
Qual foi o momento mais feliz que tiveste? É difícil escolher um momento que possa definir como o mais feliz, mas posso dizer o período da minha vida em que me senti mais feliz, que, de certa forma, é o período que estou a viver agora. O processo de construção do meu estúdio e agora de desenvolvimento do mesmo, entusiasma-me imenso e é algo que me deixa genuinamente feliz.
Qual foi o momento mais difícil da tua vida? O meu ano de estágio de mestrado.
Qual a pessoa que mais te influenciou? Ao contrário do expectável, não é alguém que me é próximo, mas alguém que me inspirou tremendamente através da sua ética de trabalho e pensamento progressista, alguém que se recusa a aceitar as normas conformistas da nossa sociedade. É um senhor chamado Henry Rollins, escritor e ícone do movimento punk americano.
Quais são teus pontos fortes? Dedicação e perseverança.
Quais são os traços de personalidade que os outros identificam facilmente em ti? O traço mais visível será certamente a minha necessidade de estar sempre ocupado com alguma coisa, parece quase uma obsessão com o trabalho, acho que sou um workaholic (risos).
Qual é a tua principal regra de vida? Não julgar o que ainda não entendo.
O que é que te dá mais energia e ânimo? Tudo o que me falta fazer, tudo aquilo que ainda não sei.
Quais foram as lições mais importantes que a vida te ensinou? Que devemos valorizar aqueles que nos são próximos e que é tudo demasiado incerto para nos deixarmos nas mãos do que quer que seja, devemos estar em controlo das nossas vidas.
O que mais valorizas no ser humano? A capacidade de evolução contínua, a empatia e a sensibilidade.
O que é que menos gostas na sociedade? A hipocrisia e o preconceito.
Quem te inspira e porquê? As pessoas em geral inspiram-me. O facto de sermos capazes do melhor e do pior, as idiossincrasias que possuímos inspiram-me e deixam me curioso sobre o que somos capazes, e o que que vamos fazer.
Se pudesses começar de novo a tua vida, o que farias de diferente? Nada, alguém que nunca cometeu erros é alguém que nunca viveu.
Como gostarias que as pessoas no futuro se lembrassem de ti? Como alguém que seguiu sempre os seus instintos e que nunca comprometeu o que defendia e acreditava.
Com quem gostarias de tirar uma selfie? Não gosto de Selfies (risos).
Notícia: Semanário de Felgueiras