A têxtil famalicense, produtora de “fios inteligentes” para os mercados de moda e dos têxteis técnicos, venceu o Prémio PME Inovação COTEC-BPI. A Inovafil é liderada por Rui Martins, licenciado em Engenharia Têxtil pela UMinho.

​A têxtil famalicense, produtora de “fios inteligentes” para os mercados de moda e dos têxteis técnicos, venceu o Prémio PME Inovação COTEC-BPI. A Inovafil foi distinguida no 9º Encontro PME Inovação promovido pela associação presidida por Isabel Furtado e que decorreu no dia 25 de novembro, na Póvoa do Varzim.

O Prémio PME Inovação reconhece empresas que se destacam pela gestão de inovação, com impacto no crescimento e na rentabilidade. O júri destacou os excelentes indicadores de desempenho empresarial da Inovafil e a dinâmica de crescimento médio anual do seu volume de negócios, superior a 15% nos últimos três anos. 

Rui Martins, CEO da empresa, vê o premio “como prova do reconhecimento nacional e internacional dos elevados índices de performances que a unidade já́ atingiu, o que implica um comprometimento com a inovação, que passou a ser um dos pilares da sua produção”. 

A inovação é contínua, “porque a empresa vive do produto dessa inovação”, afirma Rui Martins, acrescentando que a fiação terá́ “obrigatoriamente que continuar a viver da inovação interna, da presença em feiras, da interação com universidades e com os centros tecnológicos”. 

A inovação faz-se, também, pela tecnologia. Recentemente, a empresa foi selecionada, entre cerca de 20 empresas a nível mundial, para testar o novo sistema de fiação a jato de ar e que permite a produção de vários fios ao mesmo tempo. Em 2018, a Inovafil alcançou um volume de negócios próximo dos 22 milhões de euros, 41% dos quais resultantes de exportação, tendo como destino principal França, Espanha e Estados Unidos da América. Empresa participada da Mundifios – o maior trader ibérico de fios têxteis –, a Inovafil surgiu em 2014, fruto de um investimento inicial de cerca de 10 milhões de euros, e tem-se distinguido pelos fios especiais, como os obtidos a partir de urtigas. Em 2017, criou o Nidyarn, um núcleo de investigação e desenvolvimento em parceria com a Universidade do Minho.

Notícia: Cidade Hoje