Ana Rita Araújo, investigadora do Grupo de Investigação 3B's da Universidade do Minho, foi galardoada pela Sociedade Portuguesa de Biofísica com o Prémio Jovem Biofísico 2021. O anúncio foi feito esta quinta-feira na página do I3B’S.
 
O artigo "Vescalagin and castalagin reduce the toxicity of amyloid-beta42 oligomers through the remodelling of its secondary structure" foi o vencedor do concurso que premiou trabalhos de investigação realizados em 2020. O estudo da alumna doutorada em Engenharia de Tecidos, Medicina Regenerativa e Células Estaminais foi desenvolvido no âmbito da tese de doutoramento orientada pelo professor catedrático Rui L. Reis e pelo investigador Ricardo Pires.
 
Em declarações à RUM, a galardoada explica que os compostos naturais que podem ser extraídos da cortiça "têm capacidade de remodelar proteínas com potencial patogénico como é o caso da amyloid-beta42". Segundo a investigadora, a presença no cérebro desta proteína, aumenta a probabilidade do paciente vir a desenvolver esta patologia.

"A amyloid-beta42 tem tendência a organizar-se e a formar placas que acabam por impedir as sinapses. Os compostos bioativos da cortiça conseguem inibir essa organização, logo as placas deixam de conseguir depositar-se", refere.
 
Neste momento, a investigação está numa fase inicial. Ana Rita Araújo frisa que irá continuar a trabalhar nesta temática, de modo a garantir que os compostos conseguem penetrar na barreira hematoencefálica e, assim, fazer a diferença no combate ao Alzheimer.
 
A investigadora do I3B’S vai apresentar o estudo em meados de Junho, via Zoom, no congresso da Sociedade Portuguesa de Biofísica. 
 
Notícia: Rádio Universitária do Minho